
O distanciamento físico e social vem provocando o mercado a pensar formas de continuar dando fluidez a economia, mesmo com as limitações impostas pela pandemia da Covid-19.
Com o caráter emergencial que a situação impõe, se faz necessário que instituições reduzam trâmites burocráticos, para que atores econômicos consigam ter mais agilidade, em um período em que o tempo é fundamental.
Essa tarefa de repensar procedimentos pertence tanto a instituições públicas quanto privadas.
Não é possível mais, ignorar a chegada de um tempo novo, prejudicando a economia que já terá dificuldades no momento pós-pandemia.
Desburocratizar não significa passar por cima de procedimentos importantes, mas fazê-los de forma mais eficiente, poupando tempo e energia, para que esses dois sejam investidos onde haja mais gargalos.
Todos temos que repensar nossos modelos de negócios, acelerar a digitalização dos procedimentos e transações.
Temos obtido pequenos avanços frente as atuais necessidades do setor, dependemos de outras instituições para que o ciclo do negócio imobiliário seja completo, a exemplo dos cartórios e concessionárias de serviços.
Dentro do próprio mercado imobiliário, já existe a execução de procedimentos mais simplificados, rápidos e eficientes, que permitem a um comprador, efetuar a aquisição de seu imóvel de forma prática, rápida e digital.
Empresas do segmento ao redor do Brasil já vendem em formato 100% digital, sem o uso de uma única folha de papel.
Na Bahia, a digitalização é uma necessidade de todo o mercado imobiliário, contudo, é preciso o reconhecimento e envolvimento dos cartórios de registro de imóveis.
Esse momento é oportuno para repensar o tipo de mercado que teremos e que queremos no futuro.
Cláudio Cunha
Presidente da ADEMI-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia).