Em 2020 pudemos observar a retomada do mercado imobiliário. Além das aquisições para fins exclusivos de moradia, em 2021, esse mercado se confirma como a melhor alternativa para aqueles que procuram diversificar seus investimentos. Segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), o PIB do setor deve crescer 4,1% este ano.
Em um cenário de incertezas, apostar num imóvel como forma de investimento e proteção é uma opção sólida pelas razões que listo a seguir.
Diante de uma crise econômica, o imóvel traz segurança e retorno, além da valorização ao longo do tempo.
Vale ressaltar que um imóvel possui muitas vantagens. Pode ser adquirido para moradia, lazer, trabalho, locação e proteção do patrimônio.
As mudanças de comportamento em 2020, fortaleceram a valorização do ambiente doméstico, o imóvel tornou-se o centro da vida de todos nós, e mesmo com a chegada da vacina os novos hábitos e comportamentos permanecerão na nossa rotina.
Em 2020, a taxa de juros baixa tornou a compra do imóvel uma grande oportunidade e mesmo que haja alguma correção este ano, economistas apontam que ela não deve retornar tão cedo a valores anteriores a março do ano passado, continuando em percentuais atrativos.
No período de janeiro a novembro de 2020, os financiamentos imobiliários contratados com recursos da caderneta de poupança somaram R$ 106,5 bilhões. Esse resultado demonstra um aumento de 52% em relação ao mesmo período do ano anterior e é o melhor resultado desde 2014.
Com evidentes facilidades para aquisição do imóvel, as atenções se voltaram para o mercado. Os lançamentos tem durado pouco tempo em estoque. Dados da CBIC apontam que as vendas no setor cresceram 23,7% no terceiro trimestre de 2020, na comparação com o mesmo período de 2019.
Além da aquisição, a outra modalidade relacionada ao mercado que vem conquistando novos adeptos são os fundos imobiliários. Também impulsionados pela taxa de juros baixa, os fundos de investimentos imobiliários (FII) registraram até novembro de 2020 um crescimento de 76,1% na base de cotistas em relação ao ano anterior.
O apetite pelos fundos imobiliários cresceu em um mercado sem alternativas atrativas para a renda fixa. No ano passado, o número de investidores em fundos imobiliários superou a marca de 1 milhão de pessoas. Não deverá ser uma surpresa se, nos próximos cinco anos, o número de pessoas físicas em fundos imobiliários alcançar entre 5 milhões e 10 milhões de investidores.
Por essas razões, não há momento mais propício que este para se investir num imóvel, seja para moradia própria ou como um ativo de investimento com garantia de retorno ao do tempo.
Cláudio Cunha
Presidente da ADEMI-BA (Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia).